Sempre que se fala em racismo, se imagina que seja um problema típico entre pessoas que nasceram com a cor de suas peles diferente. Mas a realidade mostra que nem sempre isso é verdade. Muitas vezes, quem discrimina e até assume o papel de repressor, são indivíduos da própria raça.
No tempo da escravidão, por exemplo, houve muitos casos de negros que, após conseguirem suas cartas de alforria, passavam a trabalhar para os senhores de escravos como feitores e capitães-do-mato. E, nesses papeis, os negros demonstravam grande competência no serviço, esqueciam seus passados de escravos, e praticavam as maiores barbaridades já registradas contra os irmãos de cor.
Hoje em dia se ouve dizer que não existe mais racismo como antigamente. A realidade, entretanto, mostra exatamente o contrário. A diferença é que, na atualidade, o racismo se manifesta de forma diferente e muito bem disfarçado.
Como denuncia Gilberto Gil e Caetano Veloso na música “HAITI”, os negros que vestem fardas de soldados, em troca de salários miseráveis, estão assumindo os papéis dos antigos feitores, distribuindo porradas, de preferência nos pretos. É como se o uso da farda fizesse um homem esquecer sua cor e origem, e como se uso de um uniforme fizesse esse soldado preto entender ser preciso olhar para seus “irmãos” de cor sempre com desconfiança.
Bem, pelo que foi dito acima, fica claro, pois, que o racismo se manifesta com muita regularidade entre pessoas da mesma cor. E para que tal aconteça basta apenas que alguns assumam um posto qualquer de mando, ou que passem a ganhar um pouco mais que seu semelhante.
E, para alguns, o dinheiro compra não apenas o direito de discriminar pessoas do mesmo sangue, mas também garante os espaços para justificar essa discriminação.
JOSÉ EDUARDO BASTOS
Du...parabéns pelo seu blog!nossa fico feliz..
ResponderExcluirqualquer coisa pode contar cmigo! te amo mto amigo. bjão Nick :)