sábado, 6 de outubro de 2012

Luiz Gonzaga - O REI DO BAIÃO



Quando eu era criança junto com meus irmãos, cansávamos de testemunhar Seu José, nosso avô querido, se emocionar todas as vezes que ouvia Luis Gonzaga cantar uma canção no rádio de vâlvula lá de casa. O gosto musical do nosso avô ficou impregnado em seus netos como uma marca indelével. Sempre fomos fãs incondicionais do velho Lua, e nossos São Joãos sempre fora embalalados pelas canções do Rei do Baião.

Nesse ano de 2012 estou tendo o privilégio de acompanhar boa parte das homenagens pela passagem dos 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. Lagarto, a cidade onde moro, foi contemplada com a realização do Seminário A CONTRIBUIÇÃO DE LUIZ GONZAGA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DO POVO SERGIPANO.

O evento em questão aconteceu dia 05 de setembro de 2012, na sede do Sindicato dos professores de Lagarto (Sub-sede centro-sul do SINTESE), e teve apoio da Deputada Ana Lucia, através do projeto de Lei 7.384, que instituiu o ano de 2012 como o "Ano Cultural Luiz Gonzaga em Sergipe".

Na ocasião, boa parte da trajetória de vida de Luis Gonzaga foi exposta em banners, que traziam impressos imagens e textos, e que foram fruto de pesquisa minuciosa do professor José Augusto de Almeida (pesquisador da vida e obra de Luiz Gonzaga e Professor do Colégio de Aplicação de Universidade Federal de Sergipe (UFS)).

Fiz questão de reproduzir na íntegra o texto do professor José Augusto de Almeida, para que agora eu possa brindar os leitores do meu blog com ele.

 



Luiz Gonzaga
1912
No dia 13 de dezembro nasce, na fazenda Caiçara, terras do barão de Exu, o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus. Na pia batismal da matriz de Exu recebe o nome de Luiz (por ser o dia de Santa Luzia) Gonzaga (por sugestão do vigário) Nascimento (por ter nascido em dezembro, mês de nascimento de Jesus Cristo).


 - Certa vez, Januário, que era tocador e consertava sanfonas, pediu a Gonzaga, ainda menino, para ajuda-lo na afinação do instrumento.
Januário percebeu que Gonzaga não tinha lá muito jeito para a roça, e sim, para a sanfona. Daí então passou a chamá-lo para se revezar com ele nos bailes.
- Gonzaga participou durante três meses de um grupo de escoteiros em Exu e foi ali que ele aprendeu a ler e a escrever. Mas como precisava ajudar os pais na roça, teve que voltar para casa.
1920
Luiz Gonzaga, com apenas 8 anos de idade, substitui um sanfoneiro em festa tradicional na fazenda Caiçara, no Araripe, Exu. Canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez, recebe o que hoje de chamaria de cachê. O dinheiro - 20$000 (vinte mil réis) – “amolece” o espírito da mãe, que não o queria sanfoneiro.


- O coronel Manoel Aires foi quem ajudou Gonzaga a comprar sua primeira sanfono, que custou 120 mil réis. Foi numa loja da cidade de Ouricuri, em 1926, ano em que Luiz Gonzaga passou a tocar sozinho (sem a companhia do pai) e se tornar um sanfoneiro profissional.
- O primeiro grande amor de Gonzaga foi Nazarena, filha da família Olindo, branca e importante na cidade de Exu. O pai da moça, seu Raimundo, quando soube do namoro, ficou furioso e disse que não queria sua filha namorando com um “sanfoneiro sem futuro e, ainda por cima, negro”. Gonzaga, sabendo disso, foi tirar satisfações com o velho. Tomou uma lapada de cachaça, comprou uma faca pequena e encarou seu Raimundo. Este, percebendo que Gonzaga estava meio bêbado, desconversou e contou o atrevimento para Dona Santana. Chegando em casa, Luiz tomou uma surra da mãe.
- Por causa dessa surra, Gonzaga resolveu sair de casa. Disse aos pais que ia tocar no interior do Ceará e, com a ajuda do tangedor José de Elvira, foi s’imbora pro Crato. Chegando lá, separou-se do amigo, vendeu a sanfona e foi para Fortaleza, onde chegou em julho de 1930. Faria 18 anos só em dezembro.

1930
Com 18 anos, Luiz Gonzaga aumenta sua idade para sentar praça no Exército, na cidade de Fortaleza. Com o advento da Revolução de 30, segue em missão militar pelo Brasil como soldado Nascimento.
1933
Por não conhecer a escala musical, é reprovado num concurso para músico numa unidade do Exército, em Minas Gerais. Vira soldado-corneteiro e ganha o apelido de “Bico de Aço”.


 - Gonzaga só se alistou no Exército porque mentiu a idade. A lei só permitia o serviço depois dos 21 anos e como não exigiram a certidão, Gonzaga se alistou no 23º Batalhão de Caçadores e já no mês seguinte (agosto) estava participando da Revolução de 30 no interior da Paraíba.
- Durante o serviço militar, Gonzaga aprendeu a toca violão. Mas não tomou gosto pelo instrumento.
- Em janeiro de 1933, Gonzaga fez um curso para corneteiro e passou. Adquiriu algumas noções de harmonia, aprendeu a tocar corneta e foi elevado a tambor-corneteiro da Primeira Classe.

1939
Luiz Gonzaga dá baixa das Forças Armadas. Desembarca no Rio com bilhetes comprados para Recife, de navio, de onde pretendia voltar de trem para Exu. Enquanto aguardava, resolve conhecer o Mangue, o bairro boêmio vizinho. E lá, com sua sanfona Honner branca, faz sucesso tocando valsas, tangos, choros, foxtrotes e outros ritmos da época. E, assim, através de um músico amigo, Xavier Pinheiro, Gonzaga vai morar no morro de São Carlos, no Rio.


- Gonzaga passou a tocar nas festas de Juiz de Fora e, depois, em Ouro Fino, para onde se transferiu em 1937. Nessa cidade, havia um advogado, o dr. Raul Apocalipse, que organizava espetáculos no clube Éden, e chamou Gonzaga para tocar lá. Foi a primeira vez que o exuense cantou num palco de verdade. Tocava músicas de Almirante, Antenógenes Silva e Augusto Calheiros.

 1940
Começa a apresentar-se em programas de rádio, como calouro. Pouco tempo depois vai trabalhar com Zé do Norte no programa “A hora sertaneja”, na Rádio Transmissora.
1941
Primeira participação de Gonzaga num disco. Aconteceu no dia 5 de março. Foi chamado para fazer o acompanhamento na música “A Viagem do Genésio”, na Victor (depois, RCA). No dia 14 de março, nasce o primeiro disco com Luiz Gonzaga como artista individual, quando foi chamado não mais para acompanhar outro artista, mas ele próprio como sendo a figura principal. O disco saiu em maio, um 78 rotações com a mazurca “Véspera de São Joao” e a valsa “Numa serenata”.
A primeira reportagem com Luiz Gonzaga saiu na revista Vitrine e tinha por título: “Luiz Gonzaga, o virtuoso do acordeom”. Era assinada por Aldo Cabral, jornalista e compositor.
1943
O sanfoneira catarinense Pedro Raimundo estreia na Rádio Nacional com suas roupas de gaúcho. Inspirado nele, Gonzaga passa a se apresentar vestido de nordestino. Assina seu primeiro contrato para se apresentar fora do Rio de Janeiro, para uma temporada no Cassino do Ahú, em Curitiba. A imprensa local o chama de “o maior acordeonista brasileiro”. Lá, Luiz se apresentou durante 45 dias e se revelou também interprete de suas canções. Luiz tornou-se cantor.


- Ao chegar na Rádio Tamoio, do qual era contratado, Gonzaga viu o seguinte aviso: “Luiz Gonzaga está terminantemente proibido de cantar, por ter sido contratado como sanfoneiro´”. O aviso era assinado por Fernando Lobo (pai do cantor e compositor Edu Lobo), que anos depois se arrependeu da besteira que fez com Luiz.

1945
Grava seu primeiro disco tocando e cantando a mazurca “Dança Mariquinha”. Nesse mesmo ano, grava outros dois discos interpretando “Penerô Xerém” e “Cortando Pano”.
Querendo dar um rumo mais nordestino para suas composições, Gonzaga encontra o advogado cearense Humberto Teixeira, com quem vira a compor vários clássicos. No dia 22 de setembro, nasce o filho Luiz Gonzaga do Nascimento Junior, o Gonzaguinha.


 - A primeira música como cantor, “Dança Mariquita”, era uma mazurca de sua autoria com letra de Miguel Lima. No lado B do disco, gravou o instrumental “Impertinente”.
- O encontro com o companheiro Renato Teixeira se deu em agosto de 1945. Os dois se conheceram e, em dez minutos, fizeram, juntos, “No meu pé de serra” e se emocionaram quando concluíram a música, porque afinal os dois eram nordestinos e sentiam  a mesma saudade da terra natal. Mas a música só seria gravada em novembro do ano seguinte.

1947
Conhece, no Recife, Zé Dantas, filho de Carnaíba, estudante de medicina e conhecedor das coisas sertanejas. Gonzaga estava hospedado no Grande Hotel e Zé Dantas foi lá para conhecê-lo, levando uma música pela qual Gonzaga logo de apaixonou: “Vem Morena”.
Em março, grava um 78 rotações que se tornaria um clássico da música brasileira: a toada Asa Branca, sua terceira parceria com Humberto. A partir desse ano, Luiz Gonzaga adota o chapéu de couro semelhante ao usado por Lampião.


- Depois de 16 anos, ele volta a Exu de férias. Passando na viagem de Recife, Gonzaga gravou um comercial para as Casas Pernambucanas. Ganhou muitos tecidos e mandou para a família em Exu. Com o cachê, comprou ser primeiro carro zero quilômetro, um ama Nash, que despachou de navio para o Rio de Janeiro.
- Foi cantando Asa Branca que Gonzaga participou de seu primeiro filme, “Esse Mundo é um Pandeiro”, de Watson Macedo, o rei das chanchadas.

1955
Gonzaga toma conhecimento de uma tal Patrulha de Choque de Luiz Gonzaga, um trio de imitadores seus formado por Marinés, que cantava e tocava triângulo; Abdias, seu marido, na sanfona, e Chiquinho, o cunhado, na zabumba. No mesmo ano, numa festa em Propriá (SE), o prefeito Pedro Chaves promoveu o encontro de Marinés com Gonzaga.
1956
Em março, a convite de Gonzaga, Marinés e Abdias desembarcaram no Rio de Janeiro e ficaram hospedados na casa do Rei do Baião, que coroou Marinés a Rainha do Xaxado, numa apresentação na Rádio Mayrink Veiga. Por fim, formou o grupo Luiz Gonzaga e seus Cabras da Peste, com ele, Marinés, Abdias, Zito Borborema e Miudinho. Mas por conta do ciúme de Helena, mulher de Gonzaga, tinha de Marinés, o grupo logo se desfez no final daquele mesmo ano. A cantora pernambucana, então, formou um grupo chamado Marinés e sua Gente, com Abdias e Cacau, e conseguiu fazer sucesso nos palcos brasileiros.

- No final dos anos 50, a carreira de Gonzaga entrou numa fase difícil, com a chegada da Bossa-nova e do rock and roll tupiniquim. A classe média e as elites deixaram Luiz Gonzaga de lado e quiseram sepultar o baião. Foi então que Gonzaga passou a cantar mais no interior, onde sempre foi e sempre seria eterno ídolo.
 
1960
Gonzaga participa da campanha de Jânio Quadros à Presidência da República.

1961
Morre Santana, a mãe de Gonzaga, de doença de chagas.

1962
Sofre um grave acidente de automóvel. Andando num carro velho, a porta se abriu, Gonzaga bateu com a cabeça no chão, sofreu uma fratura no crânio e teve o olho direito gravemente ferido. Morre o poeta, folclorista e amigo Zé Dantas.

- Gonzaga foi maçom, entrando para a irmandade em 1961, no Rio, chagando ao 3º grau, mas ficou sem tempo pra continuar.
- Gonzaga já não vendia tantos discos como antes, e, para continuar sustentando a família, vendeu seu palacete e comprou um apartamento pequeno na rua Pereira Alves, 255, em Cocotá, na Ilha do Governador. Foi quando Gonzaguinha, com 16 anos de idade, passou a morar com o pai em Cocotá.

1963
Conhece o poeta popular cearense Patativa do Assaré. Gonzaga teve sua sanfona Universal, preta, roubada. Antenógenes Silva, seu amigo e afinador, lhe empresta uma sanfona branca. A partir de então, adota a cor branca para suas sanfonas, e a inscrição “É do povo” em todos os seus instrumentos.
  

- Gonzaga lançou “A Morte do Vaqueiro”, uma música de protesto e de homenagem a seu primo legítimo Raimundo Jacó, que foi assassinado em 1954. Essa música foi composta na rua Vidal de Negreiros, número 11, no Recife. Gonzaga deu o mote a Nelson Barbalho e a música saiu ligeiro, nos acordes de Luiz e nos versos de Barbalho.
1964
Grava a composição “A Triste Partida” de Patativa do Assaré, uma das músicas mais conhecidas do seu repertorio.
1965
Geraldo Vandré, esquerdista convicto, grava Asa Branca, de um Luiz Gonzaga chamado de direitista. Aí Gonzaga retribuiu gravando, em 1968, um compacto simples com a música “Pra não dizer que não falei das flores”, um grande sucesso de Vandré.
1968
Um pouco fora de destaque no cenário musical, Luiz Gonzaga viu seu nome novamente em ascensão depois que Carlos Imperial espalhou no Rio de Janeiro que os Beatles acabara de gravar “Asa Branca”. Não era verdade, mas foi o que bastou para que Gonzaga voltasse às manchetes.

  - Quando gravou “A Triste Partida”, do popular Patativa do Assaré, Gonzaga ainda pediu a parceria da música a Patativa, que, indignado, mandou o sanfoneiro “plantar feijão”. Assim mesmo, Gonzaga gravou e fez sucesso. Depois, não gravou mais nada do compositor cearense.
1971
Em Londres Caetano Veloso grava “Asa Branca”, assim como Sérgio Mendes e seu Brasil 77. É o ano do primeiro contato com o então desconhecido Fagner, no Rio. Luiz  dá uma entrevista ao Pasquim, que o chama de figura mais importante da música popular brasileira”.

1973
Tenta lançar sua candidatura a deputado federal pelo então MDB. Foi salvo pelo conselho do amigo padre Câncio, que o fez ver a besteira que poderia ser aquela decisão, mostrando que os votos que obteria seriam em troca de favores.

 - Ao pedir à sua gravadora, a RCA, um adiantamento para comprar uma Veraneio, para usar em suas andanças pelo país, a RCA negou o dinheiro e Gonzaga de afobou: rompeu um contrato de 32 anos e foi bater na Odeon, onde já o esperavam com o dinheiro do carro Veraneio.
1976
A música “Capim Novo” entra na trilha sonora da novela Saramandaia e Luiz entra também nas paradas de sucesso. Nesse mesmo ano, a TV Globo fez um especial com ele. Foi exibido em duas partes, nos dias 13 e 20 de agosto.

1980
Em Fortaleza, Luiz Gonzaga canta para o Papa Joao Paulo II.

1981
Grava o LP A Festa, com participação de Gonzaguinha, Emilinha Borba, Dominguinhos e Milton Nascimento, este último com dueto na música “Luar do Sertão”. Nesse ano, Gonzaga passa a ser chamado de Gonzagão, e grava junto com Gonzaguinha o disco Descanso em Casa, Moro no Mundo. Os dois fizeram juntos incríveis apresentações por todo Brasil.

Aos 70 anos de idade, Gonzaga resolveu fazer uma cirurgia plástica no olho arrebentado no acidente sofrido em 1962. Mas um acidente urinário durante a operação acabou por revelar um câncer na próstata, doença que a mulher, Helena, preferiu esconder do marido.
1984
Gonzaga recebe o primeiro disco de Ouro com o LP Danado de Bom e recebe também o Prêmio Shell de Música Popular Brasileira. Gonzaga canta no disco de Gal Costa, Profana, em uma faixa em homenagem a Jackson do Pandeiro. Grava seu primeiro dos dois LPs com o cearense Raimundo Fagner.


 - Foi uma orientação de Onildo Almeida à RCA que botou Gonzaga para vender discos. Onildo disse ao pessoal da gravadora que a música de Gonzaga não precisava de sofisticação, que o disco tinha que ser bem produzido mas com poucos arranjos, e bem originais, para o preço ser bem popular. Pelo selo mais popular da gravadora, Gonzaga passou a vender não mais 25 mil discos a cada lançamento, mas 200 mil ou mais.

1986
Luiz Gonzaga participa do festival de música brasileira na França, Couleurs Brésil, evento que inaugura o programa dos anos Brasil-França 86-88.
O disco Forró de Cabo a Rabo deu mais um disco de ouro a Luiz Gonzaga. A música-título era uma parceria dele e João Silva. Os dois compuseram a música num quarto de hotel. E João Silva embriagado de uísque.
1987
A música “Nem se despediu de mim” do disco De Fiá Pavi, outro grande sucesso do Velho Lua, estoura nas paradas.

- No final de 87,Gonzaga já sentia fortes dores provocadas pelo câncer de próstata. Já havia metástase nos ossos. Gonzaga chegou a dizer, certo dia, que se mataria se soubesse que tinha câncer. Diziam-lhe que tinha osteoporose.

1989
Grava seu primeiro LP pela Copacabana, seguidos de mais três LPs, que seriam os últimos de sua carreira. No dia 06 de junho, Luiz Gonzaga sobe pela última vez num palco, com o auxilio de uma cadeira de rodas. O local foi o teatro Guararapes no Centro de Convenções no Recife. Ao lado de Dominguinhos, Gonzaguinha, Alceu  Valença e vários amigos e parceiros, e desobedecendo às ordens médicas.
Luiz Gonzaga morre no dia 02 de agosto, às 5h15, no Hospital Santa Joana, no Recife.

 - Diziam as enfermeiras que Gonzaga sentia tantas dores que, muitas vezes, soltava gemidos que mais pareciam aboios, aquelas toadas cantadas pelos vaqueiros em tom de lamento.
- No seu enterro, com a presença de muita gente, entre familiares, amigos e artistas, a música mais cantada foi “Nem se Despediu de Mim”.


MAIS curiosidades sobre O REI DO BAIÃO
Primeiro Apelido
Por ter um rosto arredondado e um largo sorriso, Luiz Gonzaga ganhou de Dino, um violista da época, o apelido de Lua – que foi amplamente divulgado por César Alencar e Paulo Gracindo.
Da cabeça aos pés
Foi vendo uma apresentação do catarinense Pedro Raimundo, que se vestia de bombachas, que Gonzagão passou a aderir a trajes nordestinos em suas apresentações. Sua marca era o chapéu de couro.
No Cinema
Sua música “Asa Branca” foi cantada por Carmen Miranda no filme “Romance Carioca” – Nance Goes to Rio, em título original dirigido por Robert Z. Leonard.
Em Memória
A música “Morte do Vaqueiro” foi uma homenagem ao primo Raimundo Jacó, que era vaqueiro e foi assassinado em 1954. A canção deu origem a Missa do Vaqueiro, que acontece todos os anos em Pernambuco.
Gravações
Luiz Gonzaga gravou 625 músicas em 266 discos. Os discos assim se dividem: 125 em 78 rotações, 79 LPs de 12 polegadas, 6 LPs de 10 polegadas, 41 compactos simples e duplos, de 45 e 33 rpm; e 15 LPs de coletâneas.
Autorias
Das 625 músicas gravadas por Luiz Gonzaga, 53 são de sua autoria (sozinho), 243 são em parcerias (Luiz Gonzaga e outros compositores) e 329 são de outros autores, sem a sua participação. O Rei do Baião teve, ao longo da carreira, 61 parceiros.


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